Investimento em alojamento de estudantes multiplica-se - novo filão do imobiliário em Portugal?

Há cada vez mais investidores interessados no segmento universitário em Portugal.
22 mar 2019 min de leitura

Há cada vez mais investidores interessados no segmento universitário em Portugal. Os projetos multiplicam-se à velocidade da luz, e sobretudo porque a oferta está ainda muito longe da procura real. O setor apresenta um enorme potencial de crescimento – poderá valer mais de 500 milhões dentro de cinco anos. E será que vai mesmo ser o próximo filão do imobiliário em Portugal? Os especialistas contam tudo ao idealista/news.

"Existem hoje vários investidores institucionais com planos para criar carteiras de residencias universitárias incluindo Portugal como alvo", confirma Marta Costa, Head Of Research da Cushman & Wakefield (C&W), detalhando que "o modelo de negócio passa pela compra de um ativo associada a um contrato de exploração (ou arrendamento) com operadores de experiência já demonstrada" e que "a questão da escala é particularmente relevante para os operadores estrangeiros que procuram normalmente projetos de maior dimensão".

No geral a abordagem passa pelas residencias universitárias tradicionais na Europa, essencialmente no Reino Unido, mas pouco frequentes em Portugal. "Mas existem também conceitos mistos que ponderam a convivência com o coliving ou conceitos mais puristas de residencial", aponta.    

Mas o que explica este cada vez mais forte interesse dos investidores? Maria Empis, Head Of Research da JLL, recorda que a consolidação do mercado imobiliário tem levado à “compressão da yields nos setores mais tradicionais”, considerando que é algo que está encaminhar alguns investidores para este tipo de segmentos alternativos, “onde os valores de entrada são mais reduzidos e as rentabilidades são mais apelativas”. Além disso, diz a responsável, “é também uma questão estratégica de diversificação de risco das carteiras”.

Pelas contas da responsável pela área de Research da JLL, o setor pode vir a "valer mais de 500 milhões de euros dentro de cinco anos”, dado o potencial do negócio, uma vez que “ainda há poucas unidades em operação e poucas em construção efetiva”.

O desajuste entre a oferta e a procura é um dos grandes fatores a fazer mover este mercado. Portugal tem cerca de 372.753 alunos matriculados no ensino superior, segundo os dados da PORDATA - mas não tem conseguido dar resposta efetiva ao problema da falta de camas. Para Marta Costa esta “oportunidade existe e deve ser aproveitada”.

“Se considerarmos apenas a oferta existente de residências universitárias (excluindo apartamentos ou quartos), tendo em conta o número de estudantes deslocados em Portugal (estimado em 140.000), a oferta existente responde a menos de 13% da procura potencial”, frisa a responsável da C&W.

Lisboa e Porto ao rubro (mas há mais)

A dinâmica do setor do alojamento universitário é notória, tendo em conta a quantidade de projetos com investimentos de privados no setor. Existem muitos projetos em pipeline para Lisboa e Porto, mas também para outras cidades universitárias - Coimbra, Evóra, Braga ou Aveiro são outros nomes na calha, segundo as consultoras.

Fonte: https://www.idealista.pt/news/financas/investimentos/2019/03/21/39132-residencias-de-estudantes-podem-valer-mais-de-500-milhoes-dentro-de-5-anos

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