Imobiliário

Preços das casas vão subir 2,5% já em 2017

Consolidar a estabilidade política e económica a nível interno e relançar medidas de incentivo ao investimento estrangeiro são medidas consideradas determinantes para estimular a compra e venda de casas.
12 mar 2016 min de leitura
Consolidar a estabilidade política e económica a nível interno e relançar medidas de incentivo ao investimento estrangeiro são medidas consideradas determinantes para estimular a compra e venda de casas. Esta é uma das conclusões do último inquérito Portuguese Housing Market Survey (PHMS). Ainda assim, os vários players que atuam no mercado residencial acreditam que esta atividade vai «continuar a evoluir positivamente». 
 
O diretor da Confidencial Imobiliário (Ci), Ricardo Guimarães, afirma que «os agentes inquiridos acreditam claramente no potencial do mercado, em especial tendo em conta a dinâmica da procura gerada por investidores internacionais e por turistas».
 
No entanto, chama a atenção para preocupação que têm em relação aos «impactos que possam decorrer dos atuais riscos políticos e económicos, e enfatizam a necessidade de consolidar a estabilidade e de relançar medidas como o Visto Gold», salienta.
 
Recorde-se que, depois da emissão de Vistos Gold terem caído em janeiro (65 autorizações, menos 30 face a dezembro), em fevereiro registaram um novo fôlego, com o Governo a aprovar 850 em pouco mais de um mês. O Executivo não adiantou o montante global de investimento que estará subjacente às 850 novas autorizações, mas para que recebam luz verde é necessário que os cidadãos de fora da União Europeia fixem residência. Pode obter a nacionalidade portuguesa ao fim de seis anos quem criar pelo menos dez postos de trabalho no país ou investir um valor mínimo de 500 mil euros em imóveis.
 
Também o economista sénior da RCIS, Simon Rubinsohn, sublinha que «se 2016 é para continuar a trazer melhorias ao mercado residencial, os fundamentos económicos serão também determinantes», acrescentando que «apesar das previsões de estabilidade nos próximos 12 meses, a incerteza na economia global representa um risco negativo». 
 
Indicadores estáveis
 
De acordo com este inquérito, produzido mensalmente pelo RICS e pela Ci, os indicadores do mercado de compra e venda em janeiro mantiveram-se positivos, com a procura a evidenciar mesmo melhorias face a dezembro, quando tinha estabilizado.
 
No primeiro mês do ano, as consultas de imóveis por potenciais clientes subiram nas regiões de Lisboa e do Algarve, embora no Porto tenham descido ao longo do mês. Já o indicador nacional relativo ao volume de vendas manteve-se praticamente inalterado.
 
Quanto aos preços das casas, os valores continuaram a evoluir a um ritmo constante em janeiro, com os responsáveis do setor a considerar que, é em Lisboa e no Algarve que os preços mais deverão crescer. As perspetivas são animadoras: no próximo ano, os valores deverão subir cerca de 2,5%. No entanto, esta valorização não vai ser sentida de forma igual em todo o país. No Porto, a subida deverá ficar limitada a 1%. Já as projeções para os próximos cinco anos continuam a antecipar uma subida dos preços a um ritmo de 4% ao ano.
 
Arrendamento também sobe
 
Em janeiro, a procura movida por potenciais arrendatários continuou a crescer,  enquanto o número de novas instruções pelos proprietários continuou a decrescer, caindo ao ritmo mais rápido desde o lançamento da série, em 2011.
 
«Este desequilíbrio continuou a sustentar um crescimento das rendas, que recuperaram pelo nono mês consecutivo após anos de declínio persistente. A expectativa dos participantes neste inquérito é que os valores praticados neste segmento de mercado possam crescer ainda mais ao longo dos próximos três meses», conclui.
Fonte: Sol
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